Casa Espírita Suave Caminho

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PREPARO EMOCIONAL NAS CASAS ESPÍRITAS

PREPARO EMOCIONAL NAS CASAS ESPÍRITAS




A cada dia fica mais claro o quanto a sociedade, em todos os continentes do planeta, se esforça para avançar moralmente. O homem do século XXI percebeu que somente a inteligência não foi capaz de oferecer-lhe alternativas de paz e saúde. O tema moral da hora é inteligência emocional.
O analfabetismo afetivo é muito maior que o intelectual. Parafraseando uma velha sigla, estamos precisando de um MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização) para a nossa Humanidade. Um MOBRAL emocional que nos eduque sobre a parte que menos conhecemos de nós mesmos: nossa vida interior. Isso será indispensável se quisermos investir em educação moral e libertação humana.
As nossas organizações espíritas, de igual forma, com raríssimas exceções, também não estão preparadas para esse momento. Quando falo em preparo das organizações não estou falando, necessariamente, sobre temas, mas de metodologia. Os temas podem até ser muito semelhantes aos já abordados na Doutrina.
A metodologia cria diferenciais no aprendizado.
Nos nossos estudos doutrinários ainda se trata muito pouco sobre o COMO. Quase sempre o foco de nossos programas de estudo está em O QUE FAZER e não em COMO FAZER. Literaturas como as de Joanna de Angêlis, Hammed, Ermance Dufaux e outros autores espirituais tem sido de grande ajuda nesse desafio.
Se continuarmos adotando os mesmos métodos de sempre, sem atendermos as necessidades de natureza emocional, corremos um risco muito grande de ensinar Espiritismo para as pessoas e deixar de ensinar o que é mais essencial: como se tornarem homens de bem e serem felizes.
A mudança de metodologia não implica, obrigatoriamente, em substituir os métodos de ensinos, mas em criar novas formas de trabalhar o conhecimento. É natural que dependendo do tamanho da casa espírita, as atividades de palestras, congressos e outras iniciativas focadas em grupos grandes sejam realizados. São atividades bem-vindas e necessárias e devem ser examinadas como uma necessidade em contingências especifica. As iniciativas que visam esclarecimento público e socorro em maior escala, especialmente as reuniões abertas do centro espírita conhecidas como reuniões públicas, são tarefas sociais maravilhosas.
Todavia, para aqueles que já amealharam mais vivência doutrinária, na cooperação junto à casa espírita ou na comunidade e que trazem angústias mais vivas a respeito de sua mudança pessoal, ainda está por se construir um espaço digno que supra e alimente seu saber com uma linguagem mais educativa.
 E como alcançar isso sem adequar os métodos para novos conteúdos direcionados a esta demanda?
Os dirigentes e trabalhadores estão muito sozinhos e angustiados.
 É inegável que o trabalhador espírita, quanto mais tempo e experiência de Doutrina adquire, menos está encontrando no ambiente de sua casa espírita o que ele precisa para suas necessidades pessoais de aprimoramento emocional.
Raramente vemos alguém com mais experiência e cultura doutrinária que compartilha sua vida interior. Entre os adeptos da Doutrina fala-se muito pouco ou quase nada sobre os sentimentos, sejam eles nas relações, nas atividades ou vivências.
Compartilhar! (Quem gosta de FACEBOOK conhece bem esse termo). Compartilhar vivências e aprender. Essa é a linguagem da regeneração. Sem essa linguagem não há crescimento real. E para que essa linguagem faça parte das nossas organizações serão necessárias alterações nos métodos. Criar novos espaços para a comunicação dialogal franca e espontânea que aborde os sentimentos, com o intercâmbio de experiências e das emoções que elas carreiam, visando sempre a parceria que fortalece. Nessa metodologia não há lugar para a admiração exagerada ou para o excessivo valor que é conferido a médiuns e dirigentes, a seus cargos, “folhas de serviços” ou bagagem intelectual sobre Espiritismo. É um espaço para construir conceitos e desconstruir padrões à luz dos valores e das necessidades individuais. Onde possamos falar de nós mesmos em clima de confiança e melhoria moral. Neste aspecto, lembramos as palavras de Tiago, em sua quinta epístola, versículo dezesseis, que nos diz: “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis.”
Temos que rever nossa postura como líderes, dirigentes, médiuns, palestrantes e até mesmo frequentadores. Talvez por isso, nossa comunidade ainda não esteja aderindo a essa mentalidade.
Quem já tem experimentado posturas novas, sabe dos benefícios de poder dialogar e não querer ter a última palavra. Como é bom a experiência de abrir mão da superficialidade dos rótulos, recebidos e sustentados pelo movimento espírita, e apenas ser gente. Gente com responsabilidade e autenticidade.
Se continuarmos entendendo Espiritismo na vida e nos fatos e não conectá-lo com a nossa vida emocional, corremos riscos muito acentuados de adoecermos, assim como os antigos Fariseus dos tempos de Jesus. Muito conhecimento, e pouca prática. Muita soberba na cabeça e o coração vazio de paz verdadeira. Será que vale a pena ser espírita assim?

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